A reportagem do jornal Pirenópolis Online foi procurada na tarde de ontem(22), pelo empresário e advogado, Jairo Mendonça Junior, acusado de ameaçar de morte a servidora do IPHAN, Elisa Borges de Castro. Na ocasião, ele solicitou direito de resposta, negando veementemente qualquer acusação e que não foi procurado pela Polícia Federal (PF). 12275p
Veja o que ele disse ao jornal: “Hoje veiculou uma matéria relacionando a demolição do nosso imóvel com as ameaças que a servidora do IPHAN local vem recebendo. Gostaria de esclarecer que não temos absolutamente nada haver com essas ameaças, não fomos procurados pela polícia federal e jamais agiríamos dessa forma!”, disse Jairo Junior. Junto à resposta Jairo, enviou também sua defesa e um Laudo Técnico de Patologia e Mapeamento de Danos realizada por uma arquiteta contratada atestando as condições ruins que o casarão se encontrava antes de ser demolido na Rua da Prata, Q.14 L.25, nº37, Centro Histórico.
A reportagem buscou contato com servidores do Iphan para oferecer o espaço de manifestação, mas foi informada de que eles não poderiam comentar sobre o caso, mas horas antes, o órgão denunciou através da imprensa uma nota explicando que a Polícia Federal precisou intervir e investigar um caso de ameaças de morte sofrida pela servidora pública e também arquiteta Elisa Borges de Castro, quando a vítima foi atacada verbalmente pelos donos de casarões históricos na cidade.
Veja a nota oficial do Iphan na íntegra:
“O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está ciente das ameaças direcionadas ao Escritório Técnico do Iphan em Pirenópolis (GO). Na última quarta-feira (21), por meio de sua Superintendência em Goiás, o Iphan solicitou uma reunião com a Superintendência da Polícia Federal no estado no intuito de assegurar a proteção de seus colaboradores e a realização do trabalho do Instituto no município.
O Iphan está adotando todas as medidas cabíveis. Contudo, por se tratar de um caso sob investigação da Polícia Federal, o Instituto não poderá fornecer mais informações neste momento.“
Embora visitas tenham sido realizadas pela PF nesta quarta-feira (21), o advogado Jairo Júnior nega que foi procurado.
Enquanto isso, a veiculação das ameaças de morte sofrida pela arquiteta, estão correndo nos principais jornais do estado, afirmando que ela teria recebido diversas intimidações de dois proprietários diferentes, após realizar fiscalizações sobre supostas modificações em imóveis tombados pelo órgão, sem a devida autorização.
Num dos casos, a chefe do Iphan explicou aos proprietários do casarão, como funcionam as mudanças em imóveis tombados pelo Iphan, na ocasião teria ouvido do suspeito, que a casa era dele e que ele faria o que quisesse ali. Ele ainda chamou a vítima de “inútil” e criticado a presença do órgão de fiscalização na cidade. Depois, ele ainda teria afirmado, em tom ameaçador, que “quem procura o que quer acha o que não quer”. As ameaças feitas pelos dois donos dos casarões não teriam relação entre si.
Essas intimidações teriam ocorrido mais de uma vez, se repetindo também quando a servidora trabalhava fora do escritório.
O caso, segue sob investigação, ficando a PF responsável por apurar os detalhes do ocorrido e tomar as providências cabíveis.
Como todos sabem, infelizmente, esse problema não é novo, é recorrente. A tensão entre o Instituto e a população que vive, empreende ou preserva imóveis históricos nas cidades tombadas. Esses conflitos quase sempre têm uma raiz comum: falta de mediação, escuta e orientação prática.
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